A Canyon começa a apresentação desta bicicleta com uma frase que acaba por ser uma síntese do que se pode esperar quando se escolhe esta menina – “Preço de combate, super leve, muito sofisticada, a arma perfeita para XC e maratonas.”
No primeiro “contacto físico” com esta bike não posso deixar de concordar – é uma bike com um aspecto bonito mas ao mesmo tempo algo austero, quase militar, denotando prontidão, carisma e alguma exclusividade. Para isso contribui sem duvida os tons dominantes de todo o conjunto – preto mate, aqui e ali emoldurado por alguns brancos, tornam-na assim diferente ao olhar, onde sobressai, sem que a gente queira, todo o equipamento de topo que a equipa.
O conjunto quadro-equipamento é quase harmonioso – transmissão de topo onde se destaca o XTR no desviador traseiro e pedaleiro, um quadro que emana ares de carbono por todos os poros, uns travões ao mesmo nível e um conjunto espigão selim igualmente com ar de leveza e ao mesmo tempo dinamismo, contribuem decisivamente para essa harmonia alemã.
Somente me parece algo desfasado do conjunto, quando todos os componentes são em carbono, o guiador em alumínio, que embora pareça leve, terá sido, penso eu, escolhido mais pela sua vertente economicista.
Ao pegar nela outra surpresa – leve, muito leve, fazendo-me acreditar que o peso anunciado pela Canyon corresponda á verdade. Para a obtenção de tal gramagem terá sem duvida a sua quota parte o carbono do quadro, os componentes, assim como as rodas escolhidas, cujo o carimbo DT Swiss anuncia 1450 gr de peso e uma notável qualidade - nos trilhos vai ter de provar a sua durabilidade e robustez.
Num primeira apreciação só posso dizer excelente! Esta menina parece uma garrafa de água do Luso – levíssima! E com uma embalagem... esguia, bonita. Já a imagino a fazer grandes subidas – com um peso destes deverá ser uma flecha a trepar – a ver vamos – haja pernas!
Chegada à FMike Garage foi tempo de fazer algumas verificações que por “mau hábito” sempre faço quando recebo uma menina nova – chave dinamométrica na mão e vai de dar a volta aos parafusinhos todos, por tócolantes nos sitios de roçar os cabos e fixar o que tem de se fixar, tirar o que está a mais, neste caso os bar-ends.
Os pedais, que equipavam a minha Trek, uns Shimano 540, com mais de 7000 km, foram os escolhidos para as primeiras voltas, pois as folgas ainda são praticamente inexistentes. O último passo foi aferir a pressão da suspensão e montar o suporte para o GPS – Voilá! Prontinha para o ataque ás subidas da Beira!
Brevemente postarei aqui as primeiras impressões obtidas primeiro em alcatrão e depois no seu meio natural – os trilhos de BTT.
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FMike :-)